10 de janeiro de 2012

José de Alencar


José Martiniano de Alencar

Nasceu a 1º de maio de 1829, em Mecejana, Ceará. Ainda menino, transfere-se para o Rio de Janeiro com a família.
Filho de um senador do Império, assiste em sua casa às reuniões que tramavam a maioridade de Pedro II. Em 1859 ingressa na vida política, atuando no Partido Conservador; foi deputado por várias legislaturas e chegou a Ministro da Justiça. Concorre ao posto de senador, que era cargo vitalício, mas é preterido por Pedro II; em consequência, Alencar passa fazer oposição ao Imperador.
Alencar aparece na literatura brasileira como o consolidador do romance, um ficcionista que cai no gosto popular. Por outro lado, sua obra é um retrato fiel de suas posições políticas e sociais: um grande proprietário rural, político conservador, monarquista, escravocrata (consta que em 1871 o Parlamento discutia a Lei do Ventre Livre; o deputado José de Alencar subiu à disse:
"Não vou me dar ao trabalho nem de discutir esta Lei. Ela é uma Lei comunista."
Um exaregado nacionalista! Todas essas posições, principalmente e por fim premeditadamente, como afirma o romancista no prefácio aos "Sonhos d'ouro" - a tentativa de fazer um grande painel do Brasil, cobrindo-o por inteiro, o Norte e o Sul, o litoral e o sertão, o presente e o passado, o urbano e o rural; inclusive a tentativa de estabelecer uma linguagem brasileira.
Tuberculoso, morre em 12 de dezembro de 1977, no Rio de Janeiro.

Fonte: NICOLA, José de. Literatura Brasileira: das origens aos nossos dias. São Paulo: Editora Scipione, 1990. (Página 103-104)

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