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22 de setembro de 2022

Regina Duarte

 O juiz perguntou ao assassino do ex-presidente egípcio:

- Por que você matou Moḥamed al Sadat?
Ele lhe disse:
- Porque ele era um secular.
O juiz perguntou:
- O que significa secular?
O assassino disse:
- eu não sei! //::///
No caso da tentativa de assassinato do falecido escritor egípcio Nagib Mahfuz, o juiz perguntou ao homem:
- Por que você o esfaqueou?
O terrorista disse: -
“Por causa do seu romance - “As Crianças do nosso Bairro".
O juiz lhe perguntou: -
Você já leu este romance?
O criminoso disse:
- Não!
Outro juiz perguntou ao terrorista que matou o escritor egípcio "Farag":
- Por que você matou Farag?
O terrorista respondeu:
- Porque ele é um infiel!
O juiz lhe perguntou: - “Como você sabia que ele era infiel?”
O terrorista respondeu:
- De acordo com os livros que ele escreveu"
O juiz disse:
- Qual dos livros dele
fez você acreditar
que ele era infiel?
O terrorista:
- “Não li seus livros! "
Juiz disse :
- Como?
O terrorista respondeu:
- Não sei ler nem escrever!
🫤
O ódio nunca se espalha com o conhecimento. Se espalha através da ignorância.

***
Em certa medida, boa parte
da repulsa e da rejeição
ao Presidente Bolsonaro
se deve tbm a uma completa ignorância .
Ignorância que é fruto de uma propaganda massiva, diária e sem tréguas que vem massacrando os brasileiros há mais de três anos e meio contra seu Presidente eleito democraticamente .
Isso : acaba por "convencer" uma boa parte do eleitorado de que nada no Governo Bolsonaro é positivo!

https://www.instagram.com/reel/CiyE-zLo4S-/?utm_source=ig_web_copy_link

4 de agosto de 2022

1ª Bienal Internacional de Caldas Novas | 1º Cult In Fest

1ª Bienal Internacional de Caldas Novas 

1º Cult In Fest


 Caldas Novas | Goiás | Brasil



Adquira seu passaporte para os quatro dias.

Valor do passaporte:

Inteiro: R$ 40,00 (os quatro dias exceto nos painéis e shows)
Meia: R$ 20,00 (exceto painéis e shows)
Até dia 20 de agosto adquira seu passaporte por um valor especial de meia entrada (R$ 20,00)


Informações pelo telefone: (64) 98122-9674 (WhatsApp)

E-mail: cristianoluizdejesus@yahoo.com.br


24 de agosto de 2015

Ambiguidade, atividade de interpretação de texto

Texto: Ambiguidade



Assistiu ao vídeo? Agora, vamos analisar as duas frases?!

Você que está se preparando para Concurso ou Vestibular sabe que muitas vezes erramos por não compreender a questão.
O título acima menciona o texto de John Robert Schmitz, professor do Departamento de Linguística Aplicada, IEL, da Unicamp, publicado na revista Língua, páginas 24 à 26..

A primeira frase exposta diz: o jóquei desceu do cavalo com um sorriso. Onde está a ambiguidade deste texto?

Possivelmente, numa corrida de cavalos, quem sorri são as pessoas e não os animais.

23 de abril de 2015

Manuel Antônio de Almeida


Manuel Antônio de Almeida

Nasceu em 1831, no Rio de Janeiro, filho de pais humildes. Estudante de Medicina, publica as "Memórias de um sargento de milícias" em folhetins no suplemento "Pacotinha" do jornal Correio Mercantil, semanalmente, entre 27 de junho de 1852 e 31 de julho de 1853.
Memórias de um sargento de milícias é uma obra totalmente inovadora para a sua época, exatamento quando Macedo dominava o ambiente literário, e pode ser considerada como o verdadeiro romance de costumes do Romantismo brasileiro, pois abandona a visão da burguesia urbana para retratar o povo em toda a sua simplicidade.
Um romance que é o documento de determinada época, retratada com malícia, humor e sátira: o período de D. João VI no Brasil, justamente o momento das maiores transformações, da mudança da mentalidade colonial para a vida da Corte.
Em 1857 é nomeado diretor da Tipografia Nacional, sendo famoso o episódio em que deu emprego e orientou um menino pobre e mestiço chamado Machado de Assis.
Morre em 28 de novembro de 1861, em plena campanha política, no naufrágio de um vapor no litoral norte do Rio de Janeiro.

Fonte: NICOLA, José de. Literatura Brasileira: das origens aos nossos dias. São Paulo: Editora Scipione, 1990. (Página 99)

11 de janeiro de 2012

Clarice Lispector


Clarice Lispector

Nasceu em Tchetchelnik, Ucrânia, URSS, a 10 de dezembro de 1925. Com dois meses de idade, veio com a família para o Brasil. A própria escritora assim se refere à infância:
"Sou brasileira naturalizada, quando, por uma questão de meses, poderia ser brasileira nata. Fiz da língua portuguesa a minha vida interior, o meu pensamento mais íntimo, usei-a para palavras de amor. Comecei a Escrever pequenos contos logo que me alfabetizaram, e escrevi-os em português, é claro. Criei-me em Recife.
Com sete anos eu mandava histórias e histórias para a seção infantil que saía às quintas-feiras num diário. Nunca foram aceitas."
LISPECTOR, Clarice. In: WALDMAN, Berta. Clarice Lispector. São Paulo, Brasiliense, 1983. p. 9-10. Col. Encanto Radical.
Em 1937, transfere-se para o Rio de Janeiro, onde cursa o secundário; inicia o curso de Direito. Estudante ainda, escreve seu primeiro romance, Perto do coração selvagem, publicado em 1944. Acompanha o marido em viagens à Itália, Suíça e Estados Unidos. Retorna ao Rio de Janeiro na década de 1950.

Fonte: NICOLA, José de. Literatura Brasileira: das origens aos nossos dias. São Paulo: Editora Scipione, 1990. (Página 311-32)

Guimarães Rosa


João Guimarães Rosa

Nasceu a 27 de junho de 1908, em Cordisburgo, Minas Gerais. Após passar a infância no centro-norte de seu estado natal, onde seu pai exercia atividade comerciais na zona da pecuária, vai para Belo Horizonte, onde cursa o secundário e a faculdade de Medicina.
Graduado, trabalha em várias cidades do interior mineiro, sempre demonstrando profundo interesse pela natureza, bichos e plantas, pelos sertanejos e pelo estudo de línguas (inclusive, estudando sozinho alemão e russo).
Em 1934 inicia sua carreira diplomática prestando concurso para o Ministério Exterior - serviu na Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial; posteriormente, na Colômbia e na França. Em 1958, é nomeado ministro; é dessa época o reconhecimento da genialidade do escritor, em consequencia da publicação de "Corpo de baile" e "Grande sertão: veredas", ambos em 1956.
Em 16 de novembro de 1967, João Guimarães Rosa toma posse na Academia Brasileira de Letras; três dias depois, a 19 de novembro, morre no Rio de Janeiro.

Fonte: NICOLA, José de. Literatura Brasileira: das origens aos nossos dias. São Paulo: Editora Scipione, 1990. (Página 304-305)

Érico Veríssimo


Érico Veríssimo

Nasceu em Cruz Alta, Rio Grande do Sul, a 17 de dezembro de 1905. Filho de família abastada que se arruinou economicamente, foi obrigado a exercer várias funções em empregos modestos.
Em 1931, transfere-se definitivamente para Porto Alegre; lá foi diretor da Revista Globo. Mais tarde lecionou literatura na Universidade de Berkeley, EUA.
Érico Veríssimo é o representante gaúcho dentro do regionalismo modernista. Retrata a vida urbana da provinciana Porto Alegre, a crise da sociedade moderna, onde a nota marcante é a falta de solidariedade, o cotidiano caótico.
Faleceu em 28 de novembro de 1975, em Porto Alegre.

Fonte: NICOLA, José de. Literatura Brasileira: das origens aos nossos dias. São Paulo: Editora Scipione, 1990. (Página 295)

Jorge Amado


Jorge Amado de Faria

Nasceu em Itabuna, zona cacaueira no sul do Estado da Bahia, a 10 de agosto de 1912. Passou a infância dividido entre a cidade natal e Salvador.
Em 1931, matricula-se na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro; nesse ano, estréia com o romance O país do carnaval. Em 1932, levado por Raquel de Queiroz, frequenta grupos políticos de esquerda; filia-se ao Partido Comunista Brasileiro.
Em 1935, forma-se em Direito mas passa a sofrer perseguições políticas, que o levam a exilar-se, temporariamente, na Argentina. Em 1936 e 37 conhece as agruras da prisão política. Em 1946, com a redemocratização, elege-se deputado pelo PCB, mas no ano seguinte tem seu mandato suspenso em consequência da decretação de ilegalidade do partido.
Em 1948 inicia uma viagem a vários países socialistas da Europa. A partir de 1958, inicia uma produção metódica, que lhe tem permitido viver da literatura. Jorge Amado representa o regionalismo baiano das zonas rurais do cacau e da zona urbana de Salvador. Sua grande preocupação foi fixar tipos marginalizados para, através dele, analisar toda uma sociedade.
Morre em 06 de agosto de 2001.

Fonte: NICOLA, José de. Literatura Brasileira: das origens aos nossos dias. São Paulo: Editora Scipione, 1990. (Página 291)

Graciliano Ramos


Graciliano Ramos

Nasceu em Quebrângulo, Alagoas, a 27 de outubro de 1892. Fez apenas os estudos secundários em Maceió. Após rápida passagem pelo Rio de Janeiro, fixa-se em Palmeira dos Índios, interior de Alagoas; faz jornalismo e política, chegando a exercer a prefeitura da cidade.
Estréia em livro em 1933, com o romance Caetés; nessa época trabalha em Maceió, dirigindo a Imprensa Oficial e a Instrução Pública, e trava conhecimento com José Lins do Rego, Rachel de Queiroz e Jorge Amado.
Em março de 1936 é preso por atividades consideradas subversivas sem, contudo, ter sido acusado formalmente; após sofrer humilhações de toda sorte e percorrer vários presídios, é libertado em janeiro do ano seguinte. Essas experiências pessoais são retratadas no livro Memórias do cárcere.
Em 1945, com a queda da ditadura de Getúlio Vargas e a volta do país à normalidade democrática, Graciliano filia-se ao Partido Comunista Brasileiro, o qual integrou até 1947, quando o partido foi novamente considerado ilegal. Em 1952 viaja para os países socialistas do leste europeu, experiência descrita em Viagem.
Falece no Rio de Janeiro, a 20 de março de 1953.

Fonte: NICOLA, José de. Literatura Brasileira: das origens aos nossos dias. São Paulo: Editora Scipione, 1990. (Página 287)

José Lins do Rego


José Lins do Rego

Nasceu a 3 de julho de 1901, no engenho Corredor, na Paraíba, onde passa a infância. Faz o curso secundário em João Pessoa.
Em 1918, muda-se para o Recife, matriculando-se, no ano seguinte, na Faculdade de Direito. Nesse tempo, trava a amizade com José Américo de Almeida, Olívio Monte Negro e, principalmente, com Gilberto Freire, que muito influenciou.
A partir de 1935, transfere-se definitivamente para o Rio de Janeiro; colabora em alguns jornais e exerce cargos diplomáticos.
Elege-se para a Academia Brasileira de Letras em 1955. Morre no Rio de Janeiro, a 12 de setembro de 1957.

Fonte: NICOLA, José de. Literatura Brasileira: das origens aos nossos dias. São Paulo: Editora Scipione, 1990. (Página 284)

Rachel de Queiroz


Rachel de Queiroz

Nasceu em Fortaleza, Ceará, a 17 de novembro de 1910. Sua infância foi vivida parte na capital cearense, parte na fazenda da família no interior do estado, com rápidas passagens por Belém do Pará e Rio de Janeiro; essa instabilidade deveu-se à seca de 1915, que atingiu a propriedade da sua família.
Em 1927, já formada no curso normal, inicia sua colaboração em jornais escrevendo crônicas. Estréia em livro no ano de 1930, publicando o romance "O quinze"; nos anos seguintes milita no Partido Comunista Brasileiro, e em 1937 é presa por suas idéias esquerdistas. A partir de 1940 dedica-se a crônica jornalística e ao teatro. Em 1977, quebrou velha tradição ao ser a primeira mulher a pertencer à Academia Brasileira de Letras.
A obra de Raquel de Queiroz é marcada pelo forte caráter regionalista dos romances modernistas: o Ceará, sua gente, as secas, são notas constantes em seus romances, escritos numa linguagem fluente e de diálogos fáceis, o que resulta em uma narrativa dinâmica.

Fonte: NICOLA, José de. Literatura Brasileira: das origens aos nossos dias. São Paulo: Editora Scipione, 1990. (Página 281-282)

10 de janeiro de 2012

Vinícius de Morais


Marcus Vinícius da Cruz de Mello Morais

A exemplo de Cecília Meireles, o início de sua carreira está intimamente ligado ao neo-simbolismo da 'corrente espiritualista' e a renovação católica da década de 30.
Percebe-se em vários de seus poemas dessa fase um tom bíblico, seja nas epígrafes, seja diluído nos versos. No entanto, o eixo de sua obra logo se desloca para um sensualismo erótico, o que vem acentuar uma contradição entre o prazer da carne e a formação religiosa; destaque também para a valorização do momento, para um acentuado imediatismo - as coisas acontecem 'de repente, não mais que de repente' -, ao mesmo tempo em que se busca algo mais perene.
Desse quadro talvez resulte outra constante em sua poética: a felicidade e a infelicidade. A temática social também aparece em poemas de Vinícius, os quais lograram obter o mesmo grau de popularidade que suas composições voltadas para o amor, como é o caso de 'operário em construção'.
Também é importante salientar a importante participação de Vinícios na evolução da música popular brasileira desde a bossa-nova, em fins dos anos 50, até os nossos dias.
Nasceu a 19 de outubro de 1913, no Rio de Janeiro. Ei-lo segundo suas próprias palavras: 'capitão-do-mato, poeta, diplomata, o branco mais preto do Brasil. Saravá.'
Morreu a 9 de julho de 1980, no Rio de Janeiro.


Fonte: NICOLA, José de. Literatura Brasileira: das origens aos nossos dias. São Paulo: Editora Scipione, 1990. (Página 271-272)

Vinícius de Morais


Marcus Vinícius da Cruz de Mello Morais

A exemplo de Cecília Meireles, o início de sua carreira está intimamente ligado ao neo-simbolismo da 'corrente espiritualista' e a renovação católica da década de 30.
Percebe-se em vários de seus poemas dessa fase um tom bíblico, seja nas epígrafes, seja diluído nos versos. No entanto, o eixo de sua obra logo se desloca para um sensualismo erótico, o que vem acentuar uma contradição entre o prazer da carne e a formação religiosa; destaque também para a valorização do momento, para um acentuado imediatismo - as coisas acontecem 'de repente, não mais que de repente' -, ao mesmo tempo em que se busca algo mais perene.
Desse quadro talvez resulte outra constante em sua poética: a felicidade e a infelicidade. A temática social também aparece em poemas de Vinícius, os quais lograram obter o mesmo grau de popularidade que suas composições voltadas para o amor, como é o caso de 'operário em construção'.
Também é importante salientar a importante participação de Vinícios na evolução da música popular brasileira desde a bossa-nova, em fins dos anos 50, até os nossos dias.
Nasceu a 19 de outubro de 1913, no Rio de Janeiro. Ei-lo segundo suas próprias palavras: 'capitão-do-mato, poeta, diplomata, o branco mais preto do Brasil. Saravá.'
Morreu a 9 de julho de 1980, no Rio de Janeiro.


Fonte: NICOLA, José de. Literatura Brasileira: das origens aos nossos dias. São Paulo: Editora Scipione, 1990. (Página 271-272)

Cecília Meireles


Cecília Benevides de Carvalho Meireles

Nasceu a 7 de novembro de 1901, no Rio de Janeiro. Órfã de pai e mãe desde os três anos de idade, foi criada pela avó materna. Em 1917 forma-se na Escola Normal do Rio, dedicando-se ao magistério primário. Estréia em livro com Espectros (1919).
A partir da década de 30, leciona literatura brasileira em várias universidades. Morreu a 9 de novembro de 1964, no Rio de Janeiro.
Cecília Meireles inicia-se na literatura participando da chamada 'corrente espiritualista', sob influencia dos poetas que formariam o grupo da revista Festa, de inspiração neo-simbolista. Posteriormente afasta-se desses artistas, sem, contudo, perder as características intimistas, introspectivas, numa permanente viagem interior. Em vista desses fatores, sua obra reflete uma atmosfera de sonho, de fantasia e, ao mesmo tempo, de solidão e padecimento, como afirma a escritora:
"Mas creio que todos padecem, se são poetas. Porque, afinal, se sente que o grito é o grito; e a poesia já é o grito (com toda a sua força) mas transfigurado."
Um dos aspectos fundamentais da poética de Cecília Meireles é sua consciência da transitoriedade das coisas; por isso mesmo, o tempo passa, é fugaz, fugido.

Fonte: NICOLA, José de. Literatura Brasileira: das origens aos nossos dias. São Paulo: Editora Scipione, 1990. (Página 268-269)

Carlos Drummond de Andrade


Carlos Drummond de Andrade


É, sem dúvida, o maior nome de poesia contemporânea brasileira. 

Sua obra poética acompanha a evolução dos acontecimentos, registrando todas as "coisas" (síntese de um universo fechado, despersonificado) que o rodeiam e que existem na realidade do dia-a-dia. 

São poesias que refletem os problemas do mundo, do ser humano brasileiro e universal diante dos regimes totalitários, da 2ª Guerra, da guerra fria.

Faz seus primeiros estudos em Minas Gerais. 
Em 1918, estuda como interno no Colégio Anchieta, da Companhia de Jesus, em Friburgo, sendo expulso no ano seguinte, após um incidente com seu professor de Português.

Forma-se em Farmácia, mas vive de lecionar Português e Geografia em Itabira. Em 1934, transfere-se para o Rio de Janeiro, assumindo um cargo público no Ministério da Educação. 

Em 1945, a convite de Luís Carlos Prestes, trabalha como co-diretor do jornal comunista Tribuna Popular.

A partir da década de 1950, Drummond dedica-se integralmente à produção literária; além de novos livros de poesias, contos e algumas traduções, intensifica o seu trabalho de cronista. 

Drummond morreu no Rio de Janeiro, a 17 de agosto de 1987.

Fonte: NICOLA, José de. Literatura Brasileira: das origens aos nossos dias. São Paulo: Editora Scipione, 1990. (Página 264-265)

Jorge Mateus de Lima


Jorge Mateus de Lima

A exemplo de Murilo Mendes, Jorge de Lima também trilhou caminhos curiosos na literatura
brasileira: de poeta parnasiano em XIV alexandrinos, chega a uma poesia religiosa.
Nasceu a 23 de abril de 1895 em União dos Palmares, Alagoas. Estréia na literatura em 1914, ainda fortemente influenciado pelo Parnasianismo, com XIV alexandrinos, o que lhe vale mais tarde o título de 'príncipe dos poetas alagoanos'. Em 1926, já formado em Medicina, ingressa na vida política, elegendo-se deputado estadual pelo Partido Republicano; em 1930, por motivos políticos é obrigado a abandonar Alagoas, indo viver no Rio de Janeiro. Em 1946, com a redemocratização ocorrida no país, é eleito vereador do Rio de Janeiro pela UDN. Falece a 15 de novembro de 1953.

Fonte: NICOLA, José de. Literatura Brasileira: das origens aos nossos dias. São Paulo: Editora Scipione, 1990. (Página 261)

Murilo Mendes


Murilo Monteiro Mendes

Nasceu em Juiz de Fora, Minas Gerais, a 13 de maio de 1901. Ainda menino, transfere-se para Niterói, onde conclui seus estudos secundários. Em 1953 muda-se para a Europa, percorrendo vários países; falece em Portugal, a 13 de agosto de 1975.
Murilo Mendes é um poeta de curiosa trajetória no Modernismo brasileiro: das sátiras e poemas-piada ao estilo oswaldiano, caminha para uma poesia religiosa, sem perder contato com a realidade social; o próprio poeta afirma que o social não se opõe ao religioso. Tal fato lhe permite acompanhar todas as transformações vividas pelo século XX, quer no campo econômico e político - a guerra foi tema de vários de seus poemas - quer no campo artístico, sendo o poeta modernista brasileiro mais identificado com o Surrealismo europeu.

Fonte: NICOLA, José de. Literatura Brasileira: das origens aos nossos dias. São Paulo: Editora Scipione, 1990. (Página 258)

Antõnio de Alcântara Machado


Antõnio de Alcântara Machado

Nasceu em São Paulo, a 25 de maio de 1901, filho de ilustre e tradicional família paulistana. Formou-se em Direito pela Faculdade do Largo de São Francisco.
Apesar de colaborar periodicamente com artigos sobre cultura no Jornal do Comércio, só toma contato direto com os modernistas de São Paulo a partir de 1925. Sua estréia em livro se dá em 1926, com um livro de crônicas institulado Pathé-Baby, com prefácil de Oswald de Andrade.
Em 1928, participa ativamente da primeira "dentição" da Revista de Antropofagia; após 1929, por divergências ideológicas, afastase de Oswald, ao mesmo tempo que estreia laços de amizade com Mário de Andrade. Morre em 14 de abril de 1935, em São Paulo, aos 34 anos de idade.

Fonte: NICOLA, José de. Literatura Brasileira: das origens aos nossos dias. São Paulo: Editora Scipione, 1990. (Página 244)

Manuel Bandeira


Manuel Carneiro de Souza Bandeira Filho

Nasceu no Recife, a 19 de abril de 1886. Ainda jovem, muda-se para o Rio de Janeiro, onde faz seus estudos secundários. Em 1903 transfere-se para São Paulo, matriculando-se na Escola Politécnica; acometido de tuberculose, abandona os estudos e volta para o Rio de Janeiro. A partir de então, desenganado várias vezes pelos médicos, inicia uma peregrinação pelas melhores casas de saúde situadas em estações climáticas do Brasil e da Europa.
Em 1917 estréia em livro com o volume A cinza das horas, de nítida influência parnasiana e simbolista.
Em 1922 participa, à distância, da Semana de Arte Moderna: apesar de a leitura de sua poesia "Os sapos", por Ronald de Carvalho, ter sido um momento de alto da Semana, o poeta recusouse a comparecer, permanecendo no Recife, por não concordar com a intensidade dos ataques feitos aos parnasianos e simbolistas.
Em apenas quatro anos (entre 1916 e 1920), Manuel Bandeira assistiu à morte de sua mãe, sua irmã e seu pai, ao mesmo tempo em que vivia cotidianamente em luta contra sua própria morte. Viveu solitariamente, apesar dos amigos e das reuniões na Academia Brasileira de Letras, para a qual foi eleito em 1940. Morreu aos 82 anos, no dia 13 de outubro de 1968.

Fonte: NICOLA, José de. Literatura Brasileira: das origens aos nossos dias. São Paulo: Editora Scipione, 1990. (Página 239-240)

Oswald de Andrade


José Oswald de Sousa Andrade

Nasceu em São Paulo, a 11 de janeiro de 1890. Cursou faculdade de Direito no Largo de São Francisco, bacharelandose em 1919. Desde o retorno de sua primeira viagem à Europa, em 1912, trazendo as idéias do Futurismo, Oswald de Andrade transformou-se em figura fundamental dos principais acontecimentos da vida cultural brasileira na primeira metade do século XX.
Homem polêmico, irônico, gozador, teve uma vida atribulada, não só no que diz respeito às artes como também à política e aos sentimentos: foi o idealizador dos principais manifestos modernistas; militante político, teve profundas amizades e inimizades, rumorosos casos de amor e vários casamentos (com destaque para dois: com Tarsila do Amaral e com Patrícia Galvão, a Pagu). Mais do que em outros escritores, sua vida e obra são irmãs gẽmeas, como afirma seu filho Rudá em carta ao crítico Antõnio Candido:
"Creio que a obra de Oswald não pode ser estudada desvinculada de sua vida."
E aqui cabe chamar a atenção para dois fatos: primeiro, a vida de Oswald tem um verdadeiro divisor de águas, o ano de 1929, quando, fazendeiro de café, vai à falência; segundo, criou-se a imagem de um "palhaço da burguesia", o que, em muito, ofuscou o brilho de sua obra e amargurou o escritor nos últimos anos de sua vida.

Fonte: NICOLA, José de. Literatura Brasileira: das origens aos nossos dias. São Paulo: Editora Scipione, 1990. (Página 236-237)