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10 de janeiro de 2012
Augusto dos anjos
Augusto Carvalho Rodrigues dos Anjos
Nasceu no engenho Pau-d'Arco, Vila do Espírito Santo, Paraíba, a 20 de abril de 1884. De uma família de proprietários de engenho, assiste, nos primeiros anos do séculos XX, à decadência da antiga estrutura latifundiária, substituída pelas grandes usinas.
Em 1903, matricula-se na Faculdade de Direito de Recife, formando-se em 1907. Retorna à capital paraibana, onde leciona literatura brasileira; casa-se, em 1910, com Ester Fialho. Nesse ano, em conseqüência de desentendimentos com o governador, é afastado do cargo do professor do Liceu Paraibano.
Muda-se para o Rio de janeiro e dedica-se ao magistério, lecionando no Colégio Pedro II. Em 1911 morre prematuramente seu primeiro filho. No ano seguinte, publica Eu, seu único volume de poesias.
Augusto dos Anjos é um poeta único em nossa literatura. Sua poesia é a soma de todas as tendências (costuma-se dizer de todos os ismos) da segunda metade do século XIX, bem como das do início do século XX. Se o autor de Eu é o poeta do "mau gosto", do escarro, dos vermes, é também um cientificista.
Em 1914, transfere-se para Leopoldina, Minas Gerais, para assumir a direção de um grupo escolar. Após dez dias de fortíssima gripe, morre a 12 de novembro de 1914.
Fonte: NICOLA, José de. Literatura Brasileira: das origens aos nossos dias. São Paulo: Editora Scipione, 1990. (Página 182-183)
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