6 de outubro de 2011

A transmissão dos genes: leis de herança



A transmissão dos genes: leis de herança

Em 1822 nasceu Gregor Mendel, na antigamente chamada Silésia austríaca. Por volta dos 21 anos ordenou-se monge num mosteiro em Brünn, na atual Tchecoslováquia, onde se dedicou com muito afinco ao estudo de cruzamentos de plantas cultivadas. Entre as plantas que estudou, as ervilheiras (Pisum sativum) foram as que mais contribuíram para suas brilhantes conclusões sobre a transmissão das características hereditárias.

A ervilha Pisum sativum apresenta características que favoreceram o trabalho do monge Gregor Mendel. Entre essas características temos a presença de traços com caracteres bem contrastantes (o que facilita a identificação), a autofecundação natural (o que resulta em linhagens puras) e ciclo reprodutivo curto.

O estudo da Genética, além do aspecto teórico do conhecimento, tem importantes aplicações práticas, como o melhoramento animal e de plantas e o tratamento e prevenção de doenças genéticas.

Cruzamentos entre linhagens puras de ervilhas com caracteres contrastantes levam, na geração F1, a uma descendência de 100% de um dos tipos (o dominante). Quando a geração F1 se autofecunda, o que equivale a cruzar F1, com F1, surge a proporção fenotípica de 3:1, sendo que a quarta parte é de indivíduos homozigotos recessivos.

A partir da interpretação desses resultados, Gregor Mendel formulou a sua 1ª lei, a lei da segregação dos fatores ou lei da pureza dos gametas. Esta lei, publicada no início de 1866, não teve repercussão imedita. Apenas 35 anos depois é que foi reconhecida como ponto central da Genética.

Em 1902, Sutton formulou pela primeira vez a idéia de que os fatores mendelianos estavam nos cromossomos. A comparação da segregação dos cromossomos na meiose com a segregação dos fatores sugerida por Mendel dava muita força a essa idéia. Posteriormente, Morgan e seus colaboradores inequivocadamente que os genes se dispõem linearmente ao longo dos cromossomos.

Noções importantes da Genética são as de dominância e recessividade, homozigose e heterozigose, alelismo, fenótipo e genótipo.

Ao nível molecular, o indivíduo heterozigoto sempre difere do homozigoto dominante, bem como do recessivo. Ao nível da observação geral, entretanto, o heterozigoto muitas vezes é indistinguível do homozigoto dominante: é a isto que chamamos de dominância completa. Se o heterozigoto apresentar fenótipo intermediário entre os homozitos, teremos então um caso de co-dominãncia.

Quando existem mais de duas formas de alelos para determinado traço, fala-se em alelos múltiplos. Estes casos seguem igualmente a lei de Mendel.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Por favor, escreva seu comentário aqui.