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6 de outubro de 2011
A genética dos grupos sanguíneos humanos
A genética dos grupos sangüíneos humanos
É de conhecimento geral o fato de que, após contrair certo tipo de doença infecciosa, o organismo se torna imune àquele tipo de doença. São raros os casos em que uma pessoa contrai, por mais de uma vez, moléstias como cachumba, sarampo, catapora ou outras doenças causadas por agentes infecciosos como vírus e bactérias.
A função primordial da resposta imunitária é a defesa contra infecções. A evolução do sistema imunitário permitiu aos animais superiores (entre eles os mamíferos) uma defesa específica e eficaz contra muitos tipos diferentes de agentes infecciosos.
O sistema de defesa orgânica contra agentes estranhos (antígenos) é o sistema imunitário, que consiste no sistema de produção de anticorpos específicos contra agentes infecciosos. Nesse sistema distingue-se a resposta primária, que é basicamente a sensibilização (ou memorização) causada pelo antígeno, com menor nível de produção de anticorpos do que a da resposta secundária, mais simples e eficaz.
As hemácias humanas podem apresentar, entre outros, um fator antigênicos denominado fator Rh; pessoas que possuem esse fator são denominados Rh+ e as que não o possuem são chamadas Rh-. Pessoas Rh-, embora não apresentem naturalmente anticorpos anti-Rh em seu plasma, podem fabricá-los se entrarem em contato com hemácias portadoras do antígeno Rh. Isto pode ocorrer ou em transfusões inadequadas ou quando uma mulher Rh- gera um filho Rh+.
Quando a mãe Rh- gera um filho Rh+, pode-se estabelecer a sensibilização da mãe quanto ao sistema Rh. Em seguidas gravidezes de filhos Rh+, o auto grau de sensibilização, que normalmente se instala, pode pôr em risco a saúde do recém-nascido ou mesmo do feto, desencadeando a doença denominada doença hemolítica do recém-nascido ou eritroblastose fetal.
A herança do sistema Rh, embora seja mais complexa, grosso modo é determinada por um par de alelos com dominância (R > r).
Outro sistema sangüíneo de interesse para as transfusões é o sistema ABO. Existem quatro fenótipos com relação a esses sistema: A, B, AB e O; eles são determinados pela presença simples ou conjunta, ou ausência, dos fatores antigẽnicos A e B nas hemácias. É interessante notar, neste sistema, a ocorrẽncia dos anticorpos chamados naturais (por exemplo, o indivíduo A apresenta naturalmente o anticorpo (aglutina) anti-B em seu plasma). Neste sistema, os indivíduos O são ditos doadores universais e os AB receptores universais.
A herança dos grupos sangüíneos do sistema ABO é um caso de alelos múltiplos; assim, existem três alelos, Ia, Ib, e i, que apresentam co-dominância (Ia e Ib) e dominância (Ia sobre i e Ib sobre i) (Ia = Ib > i).
Outro sistema de grupos sangüíneos é o MN, no qual há três fenótipos M, N ou MN, produzidos, respectivamente, pelos genótipos LmLm, LnLn e LmLn; trata-se, portanto, de um caso de co-dominância entre os alelos (Lm = Ln).
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