29 de dezembro de 2011

O individuo como produto do meio


O individuo como produto do meio

BURRHUS FREDERICH SKINNER (1904-1990) doutorou-se em Harvard (1931). Após vários anos de bolsas pós-doutorais, lecionou nas universidades de Minnesota e de Indiana.

Regressou a Harvard em 1947. A sua influência sobre os mais jovens psicólogos tem sido muito grande.

Skinner pode ser considerado um representante da análise funcional do comportamento dos mais difundidos no Brasil.

Firmouse-se como um dos principais behavioristas (do inglês behavior=comportamento) e, embora influenciado pelo behaviorismo de Watson (1878-1958), parece seguir mais os trabalhos de Pavlov e Thorndike que se caracterizam pelo conexionismo - aprendizagem por conseqüências recompensadoras - e pelo condicionamento clássico -, processo de aprendizagem que consiste na formação de uma associação entre um estímulo e uma resposta aprendida através da contigüidade, respectivamente.

Limitou-se ao estudo de comportamentos manifestos ou mensuráveis. Sem negar processos mentais nem filosóficos, ele acha que o estudo do comportamento não depende de conclusões sobre o que se passa dentro do organismo. Segundo ele, a tarefa da psicologia é a predição e o controle do comportamento, e, como todos os homens controlam e são controlados, o controle deve ser analisado e considerado.

Ele nega a liberdade humana e afirma que o nosso comportamento só pode ser explicado mediante um rígido determinismo. Contudo, o determinismo de Skinner limita-se praticamente ao individuo, não atinge a sociedade ou a cultura.

Skinner nega que as diferenças individuais possam explicar as produções geniais. A diferença entre um reconhecido medíocre e um gênio deve ser procurada na história dos reforços que as pessoas possam revelar grandes diferenças herdadas.

Segundo ele, o homem é um ser manipulável, criatura circustancial, governada por estímulos do meio ambiente externo. Este tem a função de moldar, determinar o comportamento. Para isso, são organizados contigências de reforço, ou seja, quando desejamos que um organismo tenha um comportamento que não lhe é peculiar, começamos para reforçar o desempenho que se aproxime do esperado. Esse tipo de método é muito utilizado na educação e na indústria. Por exemplo, o aluno que é reforçado por completar uma tarefa ou o operário que ganha por produção. Na escola os reforços são arranjados com propósitos de condicionamento. Os reforçadores são artificiais, como: "treino", "exercício" e "prática".

Para Skinner, o fracasso dos professores está na negligência do método. A educação é montada em esquemas aversivos que os alunos combatem com falta de atenção, conversa, apatia, etc.

Para resolver os problemas da educação é necessário proceder por meio da análise dos conjuntos. Somente as totalidades são concretas e reais dando conta da dimensão histórica do social. É preciso definir concretamente o indivíduo dentro da sociedade em que vive.

Principais obras: Sobre o behaviorismo e O mito da liberdade.

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